quinta-feira, 3 de março de 2011

Tire a roupa

Em meio ao tudo

até mesmo à sombra de todas as coisas,

encontra-se um filete de memória e alguns pares de espelhos

que suspensos giram e fazem girar filetes de lembranças falhas por todos os cantos

Do embate da memória

até o ponto que a luz desfoca e não alcança mais

Grandes borrões de luz que não dizem absolutamente nada

e se concentram no seu centro, fazendo com que sua periferia morra na falta de cor

E ainda esses mesmos espelhos

,que brincam,

jogam com a arte e os miúdos da realidade

da mentira ou do seu contrário;

Tantas coisas para se vestir, desmentir diante de si mesma; máscaras, sapatos ou vestidos velhos,

paredes que não existem;

uma porta fechada como representativo de seu responsável que ali adormece...

e ao longo de sua proposta, o que se exige é descobrir. E é justamente o seu duplo:

[[{{//// descobrir-se para se descobrir. ///}}]]

TIRE A ROUPA, Alice!!!

E em todo momento,

podia jurar que se falava comigo ou com você ou com você ou contigo ou contigo ou com nós dois nós três e quatro e por pouco não fico tb...

Muito pouco!!!

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