quinta-feira, 5 de junho de 2014

PARTE 2/3

Na última consulta com meu psicanarquista, sugeriu ele que tivesse então três (3) cônjuges...
já que estas questões ficam ao redor do afetivo. 
 pensando em critérios próprios/inventivos para a escolha, 
pois segundo o mesmo, 
sofro de Platônite Genuína

É comum o uso do termo "amor platônico", mas o que não se sabe/imagina, é do erro geral de seu entendimento. Em absoluto, nada tem a ver com "amor não correspondido". Resumindo a ópera: o amor deve se manifestar em direção ao Belo, na busca pelo mesmo, que pode se refletir numa canção, pessoa ou arte. Desta forma, não é a matéria que vc está amando, mas sim algo que podemos chamar de "espírito" (fora da compreensão comum, diga-se de passagem. Sim o espírito quanto Ideia, como aquilo que é puro, a essência própria do mundo). E essas 'coisas' apenas representam uma parte simplória da Idéia de Beleza: então, avante ao Belo! 

<ou como diz Raulzito: pq quem gosta de maçã, irá gostar de todas pq todas são iguais>.

Mas a verdade é que eu fiquei pensando nesse método e o número 3 é de meu agrado. Refletindo isso como um gaúcho dado ao corpo, à carne, me gusta os três instantes decorrentes do tempo em brasa: 

* aquilo que chamamos em casa de "boi berrando";
* no ponto;
* e torrada (com aquela gordura que trás o sabor).

É claro que não sou Xuxa Parque e sim dono de in_ventar regras (este sopro/vento que vem de dentro) para depois ultrapassa-las: todo o processo é metalinguagem. Apenas parto de um ponto por uma questão mundana e afinal estou nessa vagaba de matéria.

___e eu confesso que tinha uma ideia mas mudei os planos, 
e tinha um plano mas mudei de ideia___

Foi quando surgiu Calcanhotto cantando seu novo álbum e lembrei dos portos, do coração quebrado, maresia e era eu quem tinha partido. 
 Deu-me ideias!




quarta-feira, 21 de maio de 2014

PARTE 1 de 3

Já me apaixonei uma dezena de vezes e amei outras poucas mais. N'algumas destas, o maior quebra leis: simultaneamente. E pra quem não me acredita, contando quantas unidades miúdas amou ou se apaixonou,..., com seus critérios tão cientes e críticos do verdadeiro amor, pois saibam: MEU CASO FOI COMPROVADO CIENTIFICAMENTE! Pesquisas recentes também apontam que Eros foi inspirado em mim, numa curvatura do tempo qual a física moderna tenta explicar... com bravos passos de sucesso, diga-se de passagem. Deixo meus agradecimentos à Universidade de Massachussets

Caso é que o desespero da fascinação que o movimento dos meus amados provocava era/é de enlouquecer. Digo é pq tem quem grafe tão profundamente no espírito sua presença que me complica o próprio existir. Problema quando isso se dá pela inteligência, que é algo que não tem lugar. Se esconde ali, em espaços existenciais, em percepções bem feitas. 
Em resumo: não nos olhos, sim no olhar. 

E o troço se embrulha mais quando a consciência de si faz com que essa inteligência se transforme em beleza: é ouro, é diamante, é fotografia, é obra. Aquele tipo de estado de pureza da substância que nem mergulhado num qualquer cu de lixo poderia afetar. 

(((((Deste modo é preciso dizer que não há virgindade, não há rompimento, pelo simples fato de encontrar o desejo mais genuíno do ser)))))

 .puro como sempre foi e sempre será.




segunda-feira, 21 de abril de 2014

da intimidade

 O engraçado era que em dados momentos, ele me vinha com essa: até a página dois e tal. Não sei o que e nós estamos na página dois. Ahpoisveja, estamos na página dois...

 Não titubeei, interroguei-lhe:
- Mas que leitura mais débil! Parece que a gente tá lendo Filosofia erudita, que não se entende sequer um parágrafo e não se avançam páginas alguma. Como se faz pra mudar de capítulo?

Aí, entre sorrisos, piruetas verbais e saltos escarpados duplos, não disse coisa com coisa... e também tem aí uma falha de memória 'minha: da resposta nada gravei.

Noutro dia estávamos ali fazendo qualquer coisa quando ele me perguntou:
- Tu soltou um pum?
- Sim. Foi pra passar da página dois.